Ultrassom

O ultrassom consiste em vibrações mecânicas de alta frequência. São ondas sonoras que provocam oscilações nos tecidos gerando nanobolhas. Essas ondas acústicas encontram-se fora do alcance da audição humana e recebem o nome de ultrassonoras, daí o nome ultrassom. As frequências utilizadas em fisioterapia estão na faixa de 0,75 a 3,0 MHz. Frequências mais altas são utilizadas para diagnóstico de imagem. O ultrassom terapêutico possui duas frequências: 1 MHz para atingir tecidos mais profundos e 3 MHz para tecidos superficiais.

Os efeitos fisiológicos dependem da absorção e modo de emissão das ondas mecânicas. O ultrassom pode causar efeitos térmicos e não térmicos no tecido.

O efeito não térmico- micromassagem é predominante no modo pulsado, altera a membrana celular tornando-a mais permeável, além de fazer degranulação de mastócitos e angiogênese. O ultrassom pulsado aumenta a produção de proteína e dispara processo de reparação celular, além de atrair células do sistema imune para a área lesada. Quando utilizado precocemente após a cirurgia melhora a circulação sanguínea, linfática, reabsorve hematomas e previne a formação de fibroses.

O modo contínuo do ultrassom une os efeitos fisiológicos da micromassagem com a geração de calor. O aquecimento contínuo promove aumento da atividade metabólica, aumento do aporte sanguíneo e perfusão sanguínea, além de aumentar extensibilidade dos tecidos. Este aumento da extensibilidade ocorre especialmente nos tecidos que contém mais proteína como o colágeno e a elastina. O ultrassom também é indicado na redução de gordura localizada, uma vez que estimula as catecolaminas, induz lipólise, mobiliza triglicerídeos e ajuda a romper a membrana da célula adiposa.