As fibroses e aderências ocorrem devido a algum desequilíbrio na fisiologia da cicatrização do paciente submetido à cirurgia, principalmente, em decorrência do mau funcionamento do miofribroblasto. Por conseguinte, tem-se uma deposição excessiva e rígida de colágeno na matriz extracelular da área lesionada. A permanência deste colágeno de forma desorganizada pode levar a quadros de dor e incapacidade funcional do paciente, limitando a realizar a movimentação normal.
Podemos dizer que a fibrose é caracterizada pelo desenvolvimento exacerbado do tecido conjuntivo após uma lesão, enquanto a aderência cicatricial é a presença desta fibrose levando a restrição de movimento dos tecidos adjacentes. Em ambos os casos, há aumento da quantidade e da rigidez do colágeno produzido após a lesão. Pode ocorrer após lipoaspiração, cesárea, abdominoplastia e outras cirurgias. Por isso é fundamental uma boa avaliação e tratamento fisioterapêutico com um especialista em dermatofuncional após procedimentos cirúrgicos e/ ou invasivos. A Fisioterapia possui recursos eficientes para o tratamento desta complicação, promovendo normalização da força tensil intersticial e melhora da maleabilidade do tecido, devolvendo a flexibilidade e movimentação natural ao paciente.
Os tratamentos são numerosos e com bastante evidências científicas. Nas técnicas não invasivas são utilizados recursos como ultrassom, radiofrequência, drenagem linfática manual, terapia manual e exercícios. O objetivo é a liberação tecidual com ganho na amplitude de movimento e diminuição da dor.
