Abdominoplastia ou Dermolipectomia de abdômen é uma cirurgia plástica realizada para retirar o excesso de pele, gordura localizada e recuperar a firmeza dos músculos da região abdominal. Esse procedimento também consegue remover as estrias localizadas na região, pois há a remoção de pele. Em geral, a abdominoplastia é bastante requisitada por mulheres que tiveram múltiplas gestações, pessoas que geneticamente possuem acúmulo de gordura na região da barriga ou quem teve perda substancial de peso. A abdominoplastia pode ser associada à lipoaspiração para melhores resultados e para um melhor contorno corporal. A técnica cirúrgica mais utilizada é a incisão infra umbilical baixa ou supra púbica com transposição do umbigo.
A Fisioterapia Dermato-Funcional tem uma atuação cada vez mais importante na prevenção e tratamento de respostas advindas de intervenções cirúrgicas, minimizando o tempo pós-operatório, restaurando a funcionalidade, melhorando o resultado do procedimento e possibilitando a reintegração do indivíduo as suas atividades.
Vários recursos podem ser utilizados no pós-operatório de abdominoplastia, e suas utilizações vão depender do quadro do paciente e a fase em que ele se encontra no processo de cicatrização. Entre os recursos utilizados os mais comuns são: exercícios respiratórios e posturais, técnicas de prevenção da trombose venosa profunda (TVP), drenagem linfática manual, TENS para analgesia, estimulação elétrica neuromuscular para manter e restaurar a força muscular, exercícios para melhorar a circulação sanguínea e linfática O uso da radiofrequência também pode ser utilizada no pós-operatório das cirurgias plásticas e é indicado para o tratamento das fibroses tanto recente como tardia, podendo ser aplicada precocemente desde que a sensibilidade térmica do paciente seja perfeitamente mensurável e que o edema não seja acentuado.
A execução dos exercícios deve respeitar as fases do processo cicatricial, não submetendo a incisão cirúrgica a tensões elevadas.
É de fundamental importância uma boa avaliação no pós operatório das abdominoplastias e um planejamento terapêutico que vise a recuperação funcional dos músculos do abdômen (transverso) e assoalho pélvico, uma vez que, o sinergismo entre estes músculos é responsável pela estabilidade pélvica e manutenção da continência urinária.
Terapia comportamental no Pós-operatório
No período pós-operatório imediato é de grande importância seguir todas as orientações médicas, além da terapia comportamental orientado pela fisioterapeuta Dermatofuncional responsável.
A terapia comportamental nesse caso engloba todas as mudanças de hábitos e adaptações transitórias que irão ocorrer durante todo o pós-operatório imediato e tardio.
Consiste principalmente em mudanças de hábitos hídricos, como ingestão hídrica de 3 a 4 litros por dia, alimentares e o incremento de exercícios metabólicos visando evitar tromboses, alongamentos, posicionamento na cama, visando sempre evitar intercorrências além do incremento dos exercícios respiratórios para reexpansão pulmonar e melhor ventilação na rotina diária, já que muitas pacientes pós abdominoplastia apresentam alterações funcionais de abdômen e dificuldade respiratório.
Os primeiros banhos são de grande importância na qual devidos cuidados e orientações dados pelo profissional adequado tornará as intercorrências quase nulas.
Um acessório muito importante que muda toda a rotina da cliente é a cinta, utilizada para auxiliar na eliminação dos líquidos dos pós-operatório, mantendo a compreensão do tecido, evitando o acúmulo de líquido na região, utilizada em torno de um mês e meio a dois meses.
Durante o pós-operatório imediato há grande edema, apenas em média após 9 meses há eliminação total do edema.
Lembrando que cada paciente responderá às cirurgias de forma totalmente individual, todas as terapias comportamentais e orientações são exclusivas em resposta às avaliações.
