Bexiga Hiperativa

Bexiga hiperativa (BH) é definida pela Sociedade Internacional de Continência como um conjunto de sintomas que incluem urgência, aumento da frequência urinária e noctúria (aumento de micção noturna). A urgência pode vir acompanhada da perda de urina ou não. É importante ressaltar que essa sensação de urgência é diferente da urgência urinária normal que ocorre em todos os indivíduos durante o contínuo enchimento da bexiga e que progressivamente se torna mais intensa. Os pacientes com bexiga hiperativa frequentemente relatam frases como: “quando vem à vontade de urinar, tenho que correr, pois vou urinar na roupa”. Em relação à frequência, define-se com frequência aumentada mais de oito micções por dia.

Ambos os sexos e todas as faixas etárias podem ser acometidos, portanto, várias áreas da saúde estão envolvidas em seu tratamento, dentre elas destacam-se urologia, ginecologia, geriatria, neurologia, pediatria e fisioterapia.

O tratamento inclui medicação e Fisioterapia Pélvica. Dentro do tratamento fisioterapêutico temos a terapia comportamental, exercícios para treinamento dos músculos do assoalho pélvico e eletroestimulação no nervo tibial ou região parassacral.

A fisioterapia pélvica representa a primeira linha de opções para o tratamento da bexiga hiperativa tendo como base a terapia comportamental e a reabilitação do assoalho pélvico. A terapia comportamental é de extrema importância para o tratamento da bexiga hiperativa, visto que fatores responsáveis pela manutenção dos sintomas podem ser eliminados através de mudanças no estilo de vida. Estas mudanças incluem a prática de atividade física, adequação de ingesta hídrica, treinamento vesical com horário programado da micção; evitar bebidas gaseificadas, excesso de cafeína e outros alimentos irritativos para a bexiga.

Pacientes com sintomas de bexiga hiperativa tendem a apresentar maior restrição em suas atividades de vida diárias, alteração no sono, isolamento familiar e social e uma pior qualidade de vida.