Incontinência urinária masculina

A incontinência urinária é toda perda involuntária de urina, ou seja, quando a urina escapa sem que a pessoa perceba, ou possa controlar. Apesar da incontinência urinária atingir pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mulheres e idosos são os mais acometidos. No homem, geralmente a incontinência urinária está associada a cirurgia da próstata, principalmente após prostatectomia radical.

Causas da Incontinência Urinária Masculina

Várias situações podem levar a incontinência urinária masculina: câncer de bexiga, aumento da próstata, câncer de próstata, diabetes, infecções do trato urinário, entre outras. Após realizado o diagnóstico de cãncer de próstata o tratamento é cirúrgico e pode estar associado ou não com a radioterapia e quimioterapia.

A cirurgia para retirada total da próstata chama-se prostatectomia radical , e consiste na retirada da próstata juntamente com as vesículas seminais (armazenadoras de esperma), e atinge os melhores índices de cura quando o tumor está na fase inicial.

O mecanismo esfincteriano normal no homem pode ser dividido em duas unidades funcionais separadas: esfíncter uretral proximal e o esfíncter uretral distal. A porção proximal é removida durante a retirada total da próstata (Prostatectomia), restando somente o esfíncter distal para evitar a perda de urina. Este esfíncter é formado pela mucosa uretral, musculatura lisa e músculos do assoalho pélvico.

A fisioterapia pélvica tem como principal objetivo o treinamento dos músculos do assoalho pélvico para evitar a perda urinária e garantir a continência.

Desde o estabelecimento da prostatectomia radical como tratamento de eleição para o câncer localizado de próstata, a incontinência urinária masculina se tornou uma complicação comum, uma vez que o câncer de próstata é uma doença de alta prevalência em nosso meio. A incontinência urinária atinge grande parte dos pacientes e pode surgir a partir da retirada da sonda vesical de demora. Em alguns casos a continência ocorre espontaneamente em algumas semanas, sem a necessidade de Fisioterapia ou qualquer outro procedimento.

As evidências científicas mostram que é útil iniciar a reeducação do assoalho pélvico o mais precoce possível. Após um mês do ato cirúrgico pode-se iniciar a Fisioterapia. Atualmente a vantagem da prostatectomia radical robótica em relação a prostatectomia tradicional é uma recuperação mais rápida, com menos riscos de complicações.

A reeducação da incontinência masculina também tem se modernizado em consequência do aumento do número de intervenções cirúrgicas. O objetivo da Fisioterapia é reduzir e/ou eliminar os episódios de perda urinária, aumentando a força, resistência e coordenação dos músculos esfincterianos do assoalho pélvico.

Tratamento Fisioterapêutico

Os recursos mais utilizados são:

  • Exercícios posturais, respiratórios e funcionais
  • Exercícios específicos para assoalho pélvico (ganho de força e resistência muscular)
  • Eletroterapia
  • Biofeedback
  • Terapia comportamental: orientações para mudanças nos hábitos de vida, como: adequação da ingesta hídrica, horário de micção programado, adaptação a uma determinada atividade física, manter peso ideal, postura adequada de urinar, entre outras.
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