A Síndrome da Bexiga Dolorosa ou Cistite Crônica Intersticial é uma síndrome de etiologia desconhecida, que afeta a bexiga provocando uma série de sintomas irritativos como sensação de espasmo, pressão na bexiga, aumento frequência urinária diurna e noturna, urgência miccional e dor vesical, que frequentemente é aliviada após a micção ou após uso de analgésicos. A dor pode ser relatada durante a relação sexual , na região suprapúbica, inguinal (virilha), períneo e vulva na mulher, e região do pênis, testículos, reto ou escroto no homem. Os sintomas podem aparecer de forma rápida ou gradualmente com períodos de agudização e remissão de acordo com dieta, estresse mental e ambiental.
A mudança nos hábitos alimentares também pode contribuir para a diminuição do sintoma. Em 51% a 62% dos casos, os pacientes conseguem identificar comidas ou bebidas que causam a exacerbação dos sintomas. Esses alimentos incluem bebidas alcoólicas, refrigerantes, café frutas cítricas, vinagre, bananas, queijos, maionese, aspartame, entre outros.
Nos últimos anos, a síndrome da bexiga dolorosa passou a ser tratada como uma disfunção do assoalho pélvico, onde a atuação da Fisioterapia Pélvica se faz muito importante na melhora da qualidade de vida dos pacientes, pois contribui no alívio ou diminuição da dor, diminuição dos sintomas de urgência urinária e normalização do tônus dos músculos do assoalho pélvico uma vez grande parte dos pacientes com a síndrome da bexiga dolorosa (80%) apresentam hipertonia destes músculos.
A Fisioterapia Pélvica auxilia no tratamento e tem resultados positivos na melhora sintomatológica, além do fato de ser uma abordagem minimamente invasiva com baixa incidência de efeitos colaterais.