O que é?
A Fisioterapia Pélvica atua no tratamento de diversos tipos de disfunções miccionais (urgência e incontinência urinária), anorretais (anismo, incontinência fecal) e sexuais (vagismo, dor na relação sexual), feminina e masculina, de forma preventiva no pré e pós-parto e no prolapso de órgãos pélvicos. O tratamento fisioterapêutico utiliza várias técnicas e recursos como exercícios posturais, respiratórios, liberação miofascial, terapia manual, fortalecimento e alongamento muscular, além da utilização de equipamentos modernos de Eletromiografia, Biofeedback, Eletroterapia e Fotobiomodulação.
Foi inicialmente descrita em 1948 pelo médico Ginecologista Arnold Kegel, que preconizava a realização de exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico (também conhecido como exercícios de KEGEL) como forma de prevenir a incontinência urinária e prolapsos genitais (queda da bexiga, útero).
Embora a técnica de Kegel fosse um sucesso e adotado por outros autores, gradualmente foi esquecida e deu lugar às técnicas cirúrgicas que se tornaram cada vez mais eficazes na correção da incontinência urinária. Somente na década de 1980 o interesse pela recuperação funcional do assoalho pélvico ganhou relevância.
Em 1992, a Sociedade Internacional de Continência (ICS) validou cientificamente as técnicas de reabilitação do assoalho pélvico como forma de tratamento nas disfunções miccionais. A técnica da reabilitação perineal vem sendo utilizada em vários países desde 1980, enquanto que no Brasil começaram a surgir profissionais especializados a partir dos anos 90.
O assoalho pélvico é formado por um conjunto de músculos, cuja função é dar sustentação aos órgãos pélvicos. A perda desta função (disfunção) pode acarretar alterações miccionais, fecais e sexuais, acometendo homens e mulheres em qualquer faixa etária. Diversos estudos comprovam a eficácia da Fisioterapia Pélvica para tratar, prevenir e ou minimizar os problemas recorrentes a incapacidade funcional destes músculos. Além disso, a Fisioterapia pélvica não apresenta efeitos colaterais e não limita o paciente de outros tratamentos futuros que possam vir a ser necessários. Mais do que isso, sua associação com outras modalidades terapêuticas é muito benéfica.