Síndrome da rede axiliar

Com as abordagens axilares no tratamento cirúrgico do câncer de mama como esvaziamento axilar ou biopsia do linfonodo sentinela pode ocorrer a síndrome da rede axilar que é uma disfunção que geralmente ocorre entre a primeira e a quinta semana após a cirurgia.

É caracterizada pela presença de cordão visível e palpável sob a pele, que fica esticada e dolorida durante a flexão do ombro ou abdução, sem presença de vermelhidão ou aumento da temperatura. Os cordões estão presentes desde o tronco, axila e parte medial do braço, podendo ir até as mãos, por isso podem causar dor e diminuição da amplitude de movimento.

A sua etiologia ainda não é muito clara, mas sugere-se relação com dano no sistema linfático pela manipulação cirurgica, podendo resultar em trombose/fibrose e espessamento desses vasos linfáticos.

Estudos mostram que os cordões podem ter resolução espontânea de três a seis meses, mas nesse período as pacientes cursam com dor e diminuição da amplitude de movimento, podendo atrasar a realização da radioterapia, pela impossibilidade do posicionamento correto do braço por dor.

São indicadas mobilizações profundas desses cordões com terapia manual onde muitas vezes eles se rompem trazendo alívio imediado; movimentação gradativa ativa e passiva do membro superior acometido, exercícios pendulares, exercícios de fortalecimento, relaxamento e alongamento muscular.

A fisioterapia é um tratamento conservador  que leva a melhora dos sintomas da síndrome da rede axilar e traz bem-estar para às pacientes.