As melhorias na expectativa de vida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama criaram novos desafios em termos de gerenciamento eficaz das complicações pós-tratamento.
O linfedema afeta aproximadamente entre 20 e 40% das mulheres que tratam o câncer de mama. É caracterizado por acúmulo anormal de fluido linfático devido a danos ao sistema linfático, e o risco para o aparecimento do linfedema parece estar associado a remoção cirúrgica dos linfonodos axilares, radioterapia na região axilar, mastectomia, obesidade, obstrução linfática causada por infecção e quimioterapia com taxane. Os sintomas podem incluir inchaço do braço, desconforto, perda de sensibilidade e funcionalidade prejudicada.
O linfedema também afeta psicologicamente as mulheres por comprometer a qualidade de vida, aumentar o sofrimento emocional, dificuldades nos relacionamentos e preocupações com a imagem corporal.
O linfedema é crônico, mas geralmente tratável, condição que normalmente se desenvolve nos primeiros dois anos após o tratamento do câncer de mama, embora possa se desenvolver a qualquer momento após a cirurgia.
Diretrizes recomendam que mulheres adotem estratégias de autogestão evitando infecções, traumas no braço e ganho de peso corporal. É muito importante que a mulher tenha capacidade de reconhecer os primeiros sintomas do linfedema e de procurar atendimento médico imediato para implementar estratégias de autocuidado, e minimizar a ocorrência da progressão do linfedema.
Graus do linfedema:
– Grau 0: Linfedema subclínico e não evidente, com prejuízo do transporte da linfa e sintomas subjetivos como sensação de peso no membro
– Grau I: Linfedema reversível com repouso de 24-48 horas
– Grau II: Linfedema irreversível com repouso prolongado, com áreas de fibrose
– Grau III: Linfedema irreversível com fibrose acentuada e lesões de pele
No linfedema de menor grau, sem fibrose utiliza-se a drenagem linfática, exercícios específicos, kinesiotaping e uso de vestimentas elásticas.
No linfedema de maior grau, com grande quantidade de líquido e presença de fibrose o tratamento mais recomendado é a Terapia Física Complexa que consiste da combinação de várias técnicas, incluindo: cuidados com a pele, drenagem linfática manual (DLM), compressão na forma de enfaixamento multicamadas com ataduras inelásticas e cinesioterapia específica.
O tratamento é dividido em duas fases, sendo que na primeira o objetivo é a redução do volume do membro, tendo a duração de 2 a 8 semanas. E a segunda fase é a de manutenção e controle do linfedema, onde só então a paciente passa a usar vestimentas elásticas.
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