Alterações funcionais

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres e sua abordagem terapêutica depende da localização tumoral, idade de apresentação, estadiamento clínico e do tipo histológico. Como primeira linha de escolha de tratamento, destaca-se o procedimento cirúrgico, pela possibilidade de erradicação do tumor e aumento da sobrevida das pacientes. Existem cirurgias conservadoras e não-conservadoras, sendo essas geralmente associadas a linfadenectomia ou biópsia de linfonodo sentinela. O tratamento pode englobar ainda a radioterapia, a quimioterapia, a hormonioterapia e técnicas adjuvantes que visam controlar o avanço local e sistêmico da doença.

A cirurgia de mastectomia radical, em função da extensão de sua incisão cirúrgica, acarreta na formação de um maior tecido cicatricial se comparada à cirurgia conservadora.

Logo após a cirurgia a limitação do movimento do membro superior ocorre por dor ou por medo de complicações cicatriciais, mas a longo prazo leva a encurtamentos, fraqueza muscular, e restrição na amplitude de movimento, prejudicando a postura e as atividades de vida diária.

Fatores de risco como idade aumentada, IMC elevado podem diminuir funcionalidade e aumentar fadiga e fraqueza muscular, bem como predispõe a uma recuperação mais lenta.

Para prevenção, a paciente deve estar bem orientada desde o pós-operatório imediato de quais movimentos e amplitudes são saudáveis e não prejudicam a cirurgia, e caso apareça alguma complicação é indicado iniciar a fisioterapia para tratar a dor, ganho de amplitude de movimento e força muscular, devolvendo assim a sua funcionalidade.